A crise do Covid-19 não afetou os investimentos das empresas de saneamento, que continuam expandindo suas redes de água e esgoto. Para a Amanco Wavin, fabricante de tubos e conexões com sete plantas industriais no país, os fornecimentos seguem em ritmo normal, sem cancelamentos ou adiamentos de contratos.

“As companhias estão mantendo seus pregões e o ritmo das obras”, diz Adriano Andrade, diretor comercial da Wavin no Brasil. No final de março a companhia teve pequenas paradas nas unidades de Joinville, SC, e de Sumaré, SP, em virtude de decretos estaduais e municipais que exigiam a interrupção ou redução das operações para evitar os riscos de contaminação no ambiente de trabalho. Em meados de abril, com a revisão das exigências, as instalações voltaram a operar normalmente. Além dessas plantas, a Amanco Wavin conta com fábricas em São José dos Campos, SP, Anápolis, GO, Suape, PE, e Ribeirão das Neves, MG.

“Seguimos um protocolo internacional e todas as diretrizes da OMS para garantir a segurança dos colaboradores”, diz o diretor. Com sede na Holanda, a Wavin atua há mais de 60 anos com sistemas de tubulações e está presente em mais de 40 países.

A Amanco Wavin vem operando com capacidade produtiva acima de 75% do plano original do ano nos meses de março e abril, acima portanto da média das indústrias brasileiras, que atuam com ociosidade de 46%, segundo dados da Abramat – Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção.

Apesar das atenções dos governos estarem voltadas para o enfrentamento ao novo Covid-19, as companhias estaduais e prefeituras reconhecem a importância do saneamento básico para a saúde da população. “Independentemente da pandemia, o governo já havia se atentado que existe uma necessidade de avanço nesse setor. O Brasil possui 53% de coleta de esgoto, do qual somente 46% é tratado”, lembra o executivo.

Entre os destaques da empresa para aplicações em saneamento está o Biax, uma linha de tubos de PVC-O, ou PVC biorientado, capaz de suportar altas pressões (PN16 e PN 12,5, sendo este compatível com o Defofo), podendo ser adotada para captação e adução de água, com diâmetros de 100 a 400 mm. “O material tem sido muito bem aceito pelos clientes, pois além de  oferecer custos mais competitivos, não sofre os efeitos da corrosão ao longo do tempo, como o ferro fundido, além de aumentar a vazão da água, consequentemente reduzindo o consumo de energia elétrica no bombeamento. Somos a única empresa a oferecer essa tecnologia no Brasil”, diz.

Um outro desenvolvimento da Amanco Wavin para adução e distribuição de água é o Defofo, fabricado em MPVC, um composto modificador de impacto. Fornecidos nos diâmetros DN 100 a DN 500, os tubos são dimensionados para atender a pressão de serviço de 1 MPa, incluindo as eventuais sobrepressões dinâmicas previstas e calculadas para tubulação em carga. “O produto é intercambiável com tubos de ferro fundido em toda sua extensão e facilita o transporte e manuseio devido à sua leveza, reduzindo substancialmente o custo de instalação”, afirma o executivo.

Para redes de esgoto, as inovações também são voltadas para redução de peso dos sistemas. É o caso da Novafort, um tubo de PVC com parede lisa por dentro, mas corrugada por fora, e do coletor celular, com parede lisa por dentro e por fora, além de agente expansor internamente. “Usa menos matéria-prima, é mais econômico e oferece a mesma durabilidade que os produtos maciços”, diz.

Além do mercado de saneamento, a Amanco Wavin também oferece tubos e conexões para indústrias (linha CPVC Corzan Sch 80 e PVC Sch 80) para condução de fluidos químicos e corrosivos e PPR para ar comprimido, além da tradicional linha para instalações hidráulicas, drenagem pluvial e irrigação.



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