A geração renovável mais barata do Brasil é a eólica, aponta levantamento da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que analisou dados dos últimos cinco anos da própria câmara e utilizou diretrizes da Aneel para apresentar o custo final ao consumidor da energia produzida por todas as fontes renováveis.

Segundo a análise da CCEE, as usinas eólicas tiveram os menores custos por conta dos preços mais baixos em leilões regulados, e isso mesmo ao incluir os valores adicionais da fonte, como o custo de despacho de térmicas e o controle secundário de frequência, em razão da sua intermitência. Em 2016, a fonte teve o seu maior custo, de R$ 231/MWh, por conta do adicional de 25% decorrente do acionamento das térmicas, mas mesmo assim foi a mais barata. Em 2019, o custo final foi de R$ 195/MWh.

A segunda fonte mais barata, pelo levantamento, foi a térmica a biomassa, com custo caracterizado exclusivamente pela contratação dos leilões, cujo preço médio foi de R$ 253,5/MWh, sendo que em 2019 o custo foi de R$ 246,2/MWh.

Em terceiro lugar, ficaram as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Mesmo com valores menores praticados nos leilões, acabaram com custo final mais elevado entre 2015 e 2019 em razão do déficit hídrico do período. Em 2017 foi o pior ano para as PCHs, com R$ 338,8/MWh, por causa do acréscimo no custo de 39,5% ocasionado pela repactuação do risco hidrológico e de 21% proveniente do déficit de energia do Mercado de Realocação de Energia (MRE).

Por fim, a geração solar ainda apresenta o custo mais elevado, visto as usinas em operação terem sido as primeiras contratadas em leilões a preços elevados. Com dados a partir de 2017, a fonte naquele ano apresentou custo final de R$ 314,4/MWh. Em 2018 de R$ 318,8/MWh e em 2019, de R$ 321,5/MWh.

Para fazer o compilamento, a CCEE considerou os custos médios dos leilões, despacho de usinas termelétricas, controle secundário de frequência, superávit/déficit de energia no MRE, deslocamento de geração hidrelétrica e repactuação do risco hidrológico.



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