O governo cearense assinou um memorando de entendimento com a empresa chinesa Mingyang Smart Energy para formalizar plano de instalação no estado de um complexo eólico offshore, onde a empresa seria uma espécie de âncora para atrair investimentos na área.

O Brasil ainda não tem nenhuma central eólica offshore, apenas projetos, que estão sendo licenciados pelo Ibama. Também não há regulamentação específica para a geração, embora exista projeto de lei no Senado em tramitação (PL 11.247/2018). Porém, a perspectiva para a eólica offshore é muito grande, tendo em vista haver um potencial de geração, segundo estudo da EPE - Empresa de Pesquisa Energética, de 700 GW em profundidades de até 50 metros. Para efeito de comparação, atualmente a fonte eólica onshore no Brasil tem capacidade instalada de 16 GW e já é a segunda fonte de geração da matriz nacional.

O interesse do governo do Ceará e dos chineses baseia-se especificamente no potencial offshore do estado, de 117 GW, considerado junto com o Rio Grande do Norte os melhores locais para instalação desse tipo de usinas. Tanto é assim que já há três projetos de grande porte em licenciamento no estado, das empresas Neoenergia, BI Energia e Eólicas do Brasil.

Pesa também muito a favor do interesse da empresa chinesa o fato de o Ceará ser o terceiro maior gerador eólico onshore do País, com 81 parques eólicos em operação e capacidade instalada total de 2054 MW. O potencial onshore no estado é de 94 GW, para torres com 150 metros de altura, segundo dados da Federação das Indústrias do Ceará.

Fundada em 1993, a Mingyang Smart Energy é fabricante de turbinas eólicas e fornecedora de soluções integradas de energia limpa. A empresa conta com nove mil colaboradores e 16 fábricas situadas na China e Índia. Atua nos setores de energia eólica e solar, ocupando a 37ª posição entre as 500 maiores empresas de novas energias do mundo e a 1ª em inovação eólica offshore.



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