A BR Distribuidora, principal distribuidora de combustíveis do País, fechou acordo para adquirir a comercializadora de energia elétrica Targus. Embora o processo de compra esteja ainda sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o negócio envolverá 70% das ações da comercializadora, entre primárias e secundárias, ao longo dos próximos quatro anos, o equivalente a um desembolso de cerca de R$ 62,1 milhões.

A Targus iniciou sua operação em 2017 com a compra e venda de energia no ambiente de contratação livre (ACL) e expandiu recentemente sua atuação para os segmentos de geração distribuída e gestão energética de consumidores e geradores no ACL. Em sua carteira, a empresa tem 200 unidades consumidoras, tendo negociado 3900 GWh em 2019, com um faturamento próximo de R$ 900 milhões.

Com a meta de transformar a nova operação em uma plataforma integrada de soluções energéticas, a BR terá ainda a preferência de compra e venda dos restantes 30% das ações. Para a distribuidora, a oportunidade é de extensão de sua rede de clientes, ampliar a capilaridade comercial e estrutura financeira, sem perder a expertise dos sócios da Targus, que permanecerão na operação.

A sinergia aproveitará o grande número de clientes da BR, que só no B2B somam 14 mil grandes empresas, para oferecer a compra de energia elétrica do mercado livre e projetos de geração distribuída, ao mesmo tempo em que será aliada a comercialização de gás natural, que tende a evoluir com o desenvolvimento do Novo Mercado de Gás, marco regulatório prestes a ser aprovado e que deve modernizar o setor. Está também no alvo produtos de geração distribuída para consumidores menores e mesmo serviços relacionados ao futuro mercado livre de gás.



Mais Notícias EM



Cemig faz leilão de CGHs e PCH em Minas Gerais

Marcado para 3 de julho, certame terá lote único com valor mínimo de R$ 29,1 milhões

19/04/2024


Neoenergia Coelba planeja investir R$ 13,3 bi na Bahia até 2027

Distribuidora vai construir ou expandir 71 subestações e mais de 4,3 mil km de rede de alta e média tensão

19/04/2024


Brasil mantém sexta colocação em ranking eólico onshore

Segundo o GWEC, País teve também o terceiro melhor desempenho global em potência adicionada em 2023

19/04/2024