Quando uma estrutura metálica demanda a aplicação de tintas, a primeira decisão importante diz respeito à compra e à contratação do serviço de pintura. Nessa etapa, a dificuldade inicial consiste em definir se os serviços de fornecimento das tintas e sua aplicação devem ser feitos separadamente, sendo que em ambos há vantagens e desvantagens. Assim, deve-se analisar cada uma dessas alternativas, considerando aspectos como a medição e o pagamento das tintas, bem como os serviços de aplicação.

Aquisição das tintas e contratação da aplicação feitas separadamente

A sistemática da compra das tintas e de aplicação é frequentemente adotada por fabricantes de produtos seriados, os quais normalmente dispõem de recursos (de pessoal e de ferramental) para a aplicação das tintas. Nesse caso, como os serviços de aplicação das tintas são feitos de forma continuada, as plantas possuem seus próprios profissionais de pintura (tais como jatistas, pintores e ajudantes) e compram as tintas diretamente dos fabricantes.

Duas questões básicas a serem tratadas quando se opta pela aquisição das tintas diretamente do fabricante são a sua qualificação prévia e a especificação do material. A qualificação do fabricante deve ser feita preliminarmente e deve basear-se em parâmetros como, por exemplo, sua capacidade produtiva, nos quais são analisados os recursos materiais e humanos disponíveis, a situação jurídico-fiscal da empresa, a engenharia do produto e, principalmente, a estrutura existente para o controle da qualidade.

O cliente deve ainda, quando da colocação de cada compra, definir claramente a especificação da tinta, cabendo ao fabricante fornecê-la com a devida qualidade que atenda às expectativas do cliente.

Por não dispor de recursos próprios para a aplicação, a prática da compra de tinta e a contratação de empresas de pintura feitas de forma separada está cada vez mais em desuso, pelos seguintes motivos:

Diminuição da responsabilidade quanto à qualidade e ao desempenho do esquema de pintura aplicado.

No caso de ocorrência de falha prematura da pintura, haverá uma tendência de o aplicador alegar que foi devido à má qualidade da tinta e o fabricante, por sua vez, dizer que a aplicação não obedeceu às suas recomendações.

Tendo em vista que é muito difícil determinar as causas das falhas em pinturas após a sua aplicação, a prática da compra separada da contratação da aplicação tem sido evitada.

Uma forma de minimizar tal dificuldade, e que vem sendo usada pelos clientes que continuam realizando aquisições separadamente, é a obrigação do fabricante em colocar no canteiro de obras um ou mais técnicos de seu corpo de assistência técnica para acompanhar todo o processo de aplicação, desde o preparo da superfície, passando pela diluição e pela aplicação, até a cura das tintas.

Tal prática só é possível em grandes serviços, pois, caso contrário, aumentaria em demasia o custo da tinta.

Consumo exagerado de tintas.

A prática tem revelado que a decisão de comprar a tinta separadamente da aplicação leva a empresa aplicadora a não apresentar alguns cuidados referentes ao armazenamento, manuseio, diluição e aplicação do material, o que gera perdas exageradas de tintas. Podem ser citadas como exemplos as questões da diluição e da seleção do método de aplicação. Tintas bicomponentes, que após a mistura têm tempo curto para a sua aplicação sob o risco de endurecimento no recipiente, somente devem ser diluídas na

medida exata de sua possibilidade de aplicação. Na dúvida, para evitar que a aplicação seja interrompida por falta de tinta misturada e diluída, o aplicador, quando o fornecimento não é de sua responsabilidade, tende a misturar mais do que o necessário. Na seleção do método de aplicação, a tendência é também utilizar aquele que leva à maior produtividade, o que necessariamente não gera menores perdas ou maior rendimento de tintas

Maior fiscalização.

As pessoas responsáveis pela fiscalização

 

dos trabalhos, que geralmente representam o cliente, devem exigir dos fornecedores dos serviços de aplicação a observância dos parâmetros de prazo, custo e qualidade, bem como precisam apresentar uma atuação mais intensa, no sentido de poder administrar a entrega das tintas ao aplicador dentro dos prazos, da quantidade e da qualidade exigidos. A administração das eventuais expectativas diferentes do fornecedor da tinta bem como do pessoal responsável pelos serviços de aplicação apresenta um maior grau de dificuldade.

Previsão precisa da quantidade de tintas a ser adquirida.

Como o fornecimento da tinta é de responsabilidade de outra empresa, compete ao cliente estimar a quantidade de tinta a ser entregue, de forma não haver sobra ou falta de material. Tal estimativa não é fácil de ser realizada, uma vez que o rendimento prático de uma tinta depende de fatores diversos, que nem sempre são facilmente previsíveis.

Em contrapartida às desvantagens apresentadas, a aquisição da tinta e a contratação de sua aplicação feitas de maneira separada têm como maior vantagem o controle mais confiável sobre a qualidade das tintas fornecidas, uma vez que permite uma ação direta do cliente junto ao fabricante.

Fornecimento das tintas e sua aplicação por uma única empresa

Esta prática vem sendo utilizada com maior frequência devido a uma série de vantagens, entre elas, a de atribuir a responsabilidade pelo fornecimento das tintas e de sua respectiva aplicação a uma mesma empresa Ao contrário da anterior, essa opção é mais utilizada em serviços “não seriados”, como os de montagem de instalações industriais.

Entre as suas principais vantagens estão a concentração da responsabilidade referente aos parâmetros de prazo, custos e de qualidade em uma única empresa, bem como a maior facilidade na fiscalização dos trabalhos, na medida em que a equipe de fiscalização não precisa se preocupar com o consumo de tinta e com eventuais conflitos de interesse entre o fabricante e o aplicador. Além disso, outra vantagem é que as eventuais sobras de tintas são de responsabilidade do aplicador e não do cliente.

No entanto, ela ainda apresenta desvantagens. Uma delas é a exigência, na fase de pesquisa de preços dos serviços, de uma explicitação correta dos serviços a serem realizados em termos de quantidade e de qualidade, de forma a facilitar o gerenciamento do contrato.

A contratação dos serviços de montagem

A questão da contratação dos serviços de pintura usados na fabricação ou na montagem de estruturas metálicas normalmente suscita dúvidas para o cliente. Entre essas dúvidas está a necessidade ou não de atribuir ao fabricante ou montador a responsabilidade pela aplicação do esquema de pintura.

Neste quesito, há igualmente vantagens e desvantagens quanto à contratação da montadora junto à companhia responsável pela aplicação da tinta. Assim, as principais

vantagens da contratação da pintura junto à montadora são a concentração da responsabilidade junto a uma única empresa, a facilidade de gerenciamento do serviço e da fiscalização do contrato, e a redução de custos.

A principal desvantagem é que as empresas responsáveis pela montagem das estruturas não são especialistas nesse tipo de processo e, como tais, não têm tradição em aplicação do esquema de pintura. Tal dificuldade pode ser minimizada estabelecendo uma cláusula contratual explicando que, pelo fato de não ser especializada em serviços de pintura, a montadora deve subcontratar este serviço junto a empresas especializadas.

Em contrapartida, a desvantagem da contratação em separado é que, durante o processo de montagem, a montadora não observa os cuidados necessários quanto à minimização de danos à pintura feita antes da montagem, por entender que eles não são de sua responsabilidade. Pode-se minimizar o problema estabelecendo-se contratualmente a sua responsabilidade quanto à execução dos reparos.

De qualquer forma, é difícil classificar os reparos entre inevitáveis e os oriundos de manuseio inadequado.

 

Para tanto, deve-se atentar a alguns cuidados como, por exemplo, evitar amarrar a estrutura com cabos de aço, optando pelo uso de cabos ou cintas plásticas; evitar pancadas nas peças para seu ajuste e posicionamento nos locais definitivos; e evitar seu arraste sobre pisos ou entre equipamentos.

Estimativa de consumo de tintas

Uma questão complexa em relação à pintura de estruturas metálicas é referente à estimativa da quantidade de tinta a ser usada, principalmente quando ela é feita de modo separado da contratação dos serviços de aplicação.

A partir da especificação usada na compra ou da folha de dados

do fabricante, pode-se conhecer o rendimento teórico (m2/l) de cada tinta a ser usada. Trata-se de uma propriedade que está diretamente ligada à de sólidos por volume da tinta, ou seja, o que dá origem à película é o volume de sólidos apresentado pela tinta aplicada, já que o solvente não fica incorporado à película. Portanto, tal propriedade e, consequentemente, seu rendimento teórico, precisam estar claramente definidos na especificação que será usada para a aquisição da tinta.

Entretanto, o rendimento prático apresentará variações em relação ao teórico devido a alguns fatores. Entre eles estão o volume de sólidos da tinta; o tipo de preparo da superfície, principalmente quanto ao perfil de rugosidade obtido

(um elevado perfil de rugosidade aumenta a superfície específica a ser pintada e, consequentemente,

o consumo de tinta); o estado inicial de oxidação da superfície a ser pintada (o grau de corrosão D da SIS – 05 – 5900 leva a um maior consumo de tinta); e o método de aplicação (por exemplo, a aplicação por trincha leva a perdas

menores do que por pistola). Além disso, o rendimento prático pode também ser afetado por condições ambientais (a aplicação por meio de pistola em locais com ventos fortes leva a um consumo de tinta exagerado); pelo tipo de tinta

usada (as tintas bicomponentes, bem como as epóxis que endurecem por meio da ação de aditivos, têm maiores perdas pelo fato de, depois de misturadas, terem tempo de aplicação limitado, sendo inevitável a mistura de uma maior

 

quantidade de tinta necessária para a cobertura de toda a superfície); pelos períodos de secagem e de cura da tinta (as tintas com processo de secagem ou de cura lenta são mais sensíveis à degradação depois de aplicadas, pela ação de chuva ou mesmo excessiva umidade relativa do ar, com consequente necessidade de respingos da superfície); e pela sequência das demãos (as primeiras demãos, por serem tintas de fundo, têm maior consumo do que as demãos subsequentes, por terem de cobrir as irregularidades da superfície, como o perfil de rugosidade).

Todos esses fatores contribuem para o fato de ser impossível uma estimativa precisa da quantidade de tinta necessária para a pintura de uma determinada superfície. Na prática, várias alternativas são usadas. Uma delas, e talvez a menos confiável, é considerar o rendimento prático da ordem de 50 a 60% do rendimento teórico. Uma outra seria confiar no rendimento prático informado pelo fabricante da tinta. As duas tendem a falhar por desconsiderarem uma série de

fatores, dentre os anteriormente citados. Uma terceira alternativa é utilizar o denominado rendimento real, que é obtido pela correção do rendimento teórico, considerando os principais fatores que afetam tal rendimento. Ainda assim, os valores são estimados, mas com um melhor grau de confiança.

O rendimento real para tintas de fundo pode ser calculado pelas seguintes expressões: Para a primeira demão de tinta de fundo:

 

RR = (S x F) / [(E/10) + CR]

 

Onde:

RR = Rendimento real em m²/l, para a primeira demão de tinta de fundo.

S = Porcentagem de sólidos por volume de tinta.

F = Fração aproveitável da tinta, que depende, essencialmente, do processo de aplicação.

E = Espessura por demãos em micrômetros.

CR = Coeficiente de rugosidade, que depende da rugosidade obtida pelo processo de jateamento abrasivo.

Para a segunda demão de tinta de fundo:

 

RR = (10S x F)/ (E + 5 CR)

 

Onde:

RR = Rendimento real em m²/l, para a segunda demão de tinta de fundo.

S = Porcentagem de sólidos por volume de tinta.

F = Fração aproveitável da tinta, que depende, essencialmente, do processo de aplicação.

E = Espessura da película em micrômetros.

CR = Coeficiente de rugosidade, que depende da rugosidade obtida pelo processo de jateamento abrasivo.

Para tintas de acabamento, o CR pode ser considerado constante e igual a 0,5, se a rugosidade média estiver situada dentro da faixa de 1/4 a 1/3 da espessura total da película de tinta. Neste caso, o rendimento real pode ser calculado pela seguinte expressão:

 

RR = (10S x F) / E + 5

Onde:

RR = Rendimento real em m²/l, para cada demão de acabamento.

S = Porcentagem de sólidos por volume de tinta.

F = Fração aproveitável da tinta, que depende, essencialmente, do processo de aplicação.

E = Espessura da película em micrômetros.

Vale ressaltar que, para tintas de fundo aplicadas em três ou mais demãos, deve-se usar a mesma fórmula utilizada para as tintas de acabamento no cálculo do rendimento real, da terceira e demais demãos.

Por fim, a alternativa mais confiável talvez seja basear-se em rendimentos práticos obtidos em aplicações anteriores. Dentro desta linha, são considerados os seguintes valores:

• tintas de fundo aplicadas com espessura de 35 μm, da ordem de 5,5 m2/l;

• tintas de fundo aplicadas com espessura de 75 μm, da ordem de 3,8 m2/l;

• tintas de fundo aplicadas com espessura de 120 μm, da or- dem de 2,2 m2/l;

• tintas de acabamento aplicadas com espessura de 20 μm, 9,6 m2/l;

• tintas de acabamento aplicadas com espessura de 30 μm, 7,0 m2/l;

• tintas de acabamento aplicadas com espessura de 120 μm, 3,4 m2/l.

Para cada uma das tintas a serem usadas, normalmente compra se algo da ordem de 10% em volume do solvente recomendado pelo fabricante da tinta. A divisão da área a ser pintada, em metros quadrados, pelo rendimento real ou prático da tinta, em metros quadrados por litro, fornece a quantidade de tinta a ser comprada em litros.

É importante observar que esses parâmetros se aplicam à estimativa da tinta a ser comprada. Para efeito de comparação entre tintas de diferentes fabricantes e a escolha da alternativa economicamente mais vantajosa, deve-se usar os seguintes parâmetros:

• dividir a área a ser pintada pelo rendimento teórico da tinta, obtendo-se a quantidade teórica de tinta a ser comprada;

• multiplicar a quantidade teórica da tinta em litros, por exemplo, pelo preço unitário por litro. Obtém-se assim o preço total, teórico, da tinta a ser comprada;

• desde que a tinta seja tecnicamente aceitável em relação à norma que a específica, deve se escolher a de menor preço total.

Vale observar que o importante no sistema apresentado é que ele não se limita a considerar o menor preço unitário, mas sim leva em consideração o seu rendimento, ou seja, o seu volume de sólidos, sendo o que, efetivamente, dá origem à película.

Cálculo da área por tonelada de aço em metros quadrados

A fórmula localizada no topo desta página fornece a área total de estrutura, isto é, a área considerada como as duas faces da superfície.

Caso a opção seja considerar apenas uma face, deve-se dividir o resultado por dois. É ainda importante ressaltar que o valor da área pode variar ligeiramente devido à massa específica do aço usado. Na fórmula da pág. 59, foi considerado como material o aço-carbono, com uma massa específica igual a 7,8.

A área das chapas e estruturas de aço, devido ao material usado, pode também ser calculada pela fórmula localizada na pág. 59. O resultado é dado em m2/ tonelada de aço e é relativo à área de apenas um lado das chapas ou estruturas. Portanto, se a pintura

precisa ser realizada nos dois lados, multiplique o resultado por dois.

Com relação ao aço estrutural, pode-se considerar o cálculo prático apresentado na tabela 4 (pág. 52).

Critérios de medição de áreas para pintura

Equipamentos de médio e grande porte Tanques de armazenamento:

a área será calculada em metros quadrados, a partir das dimensões básicas de projeto do equipamento. É importante ressaltar que as vigas (guarda-chuvas) e as colunas serão medidas à parte.

Trocadores de calor:

a área será calculada em metros quadrados, considerando a área total de um cilindro fechado, cujas dimensões sejam o diâmetro nominal do equipamento e o comprimento igual à maior distância obtida segundo o eixo longitudinal do equipamento.

Estruturas metálicas (treliças, escadas verticais, guarda corpos, caixilhos, corrimãos etc.)

A área será obtida em metros quadrados, pelo cálculo da área de sua projeção em um plano paralelo às suas maiores dimensões dividida por dois. É importante lembrar que nos casos de estruturas formadas por várias treliças, as peças de intertravamento estão incluídas no cálculo (por exemplo, lança de guindaste).

Escadas inclinadas:

A área será obtida em metros quadrados pelo cálculo da área de sua projeção em um plano da mesma inclinação, acrescida de 10%, quando os serviços forem destinados à sua face superior, e de 30%, quando forem direcionados à sua face inferior. Neste cálculo, foram incluídos as vigas e os perfis de sustentação. Além disso, as laterais externas também estão inclusas na medição dos serviços da face superior e as laterais internas na medição dos serviços da face inferior.

Plataformas e pisos Fechados lisos ou xadrez:

as áreas serão obtidas em metros quadrados, pelo cálculo da área de sua projeção em um plano horizontal, acrescidas de 10% quando os serviços forem voltados para sua face superior, e acrescidas de 30% quando forem voltados para sua face inferior. No caso de estruturas

do tipo plataforma, deverão ser considerados no cálculo todas as vigas e os perfis de sustentação.

Pisos tipo grelha ou expandido:

a área será obtida em metros quadrados, por meio das dimensões de sua projeção em um plano paralelo multiplicado por quatro, sendo considerada a pintura total. No caso de plataformas, a medição dos serviços será acrescida de 30% da área da projeção no plano horizontal, sendo considerados todas as vigas e os perfis de sustentação.

Perfis metálicos:

a área será calculada em metros quadrados, conforme tabelas 5a e 5b (pág. 54). Perfis que não se enquadram nessas tabelas terão sua área calculada pelas suas dimensões básicas (área efetiva).

Cercas do tipo alambrado (ou similares):

a área será calculada em metros quadrados, como se a tela fosse uma chapa plana (dos dois lados).

Chapas planas e curvas:

A área será calculada em metros quadrados, por meio de suas dimensões básicas (área efetiva).

Vale ressaltar que no caso de serviços internos, serão considerados 50% da área prevista na tabela 8 (pág. 54).

No caso de pintura interna e externa, deve -se multiplicar a área mostrada na tabela por 2. Além disso, é válido lembrar que o diâmetro nominal mencionado refere-se à tubulação

O diâmetro nominal mencionado na tabela 10 (pág. 55) refere-se à tubulação. Para acessórios que interligam tubulações de diâmetros diferentes, será considerado o de maior diâmetro.

Acessórios não instalados para tubulações:

A área será calculada em metros quadrados conforme as tabelas 11 (pág. 55) e 12 (pág. 56).

No caso de serviços internos, deve-se considerar 60% da área prevista na tabela 11. Além disso, deve-se lembrar que o diâmetro nominal se refere à tubulação.

Na tabela 12, o diâmetro nominal se refere à tubulação. Ademais, no caso de serviços internos, serão considerados 50% da área prevista na mesma tabela.

Torres e vasos:

a área será calculada em metros quadrados, considerando a área total de um cilindro fechado, cujas dimensões sejam o diâmetro nominal dos equipamentos e o comprimento igual à maior distância obtida segundo o eixo longitudinal do equipamento. Ressalta-se que os serviços executados internamente em torres e vasos terão suas medições acrescidas de 10% e que as áreas dos berços dos vasos horizontais serão calculadas separadamente, de forma idêntica à dos trocadores de calor.

Fornos, caldeiras e dutos de ar e gás PAF

a superfície será medida em metros quadrados, a partir das dimensões básicas do projeto do equipamento, acrescida de 5%, tanto para os serviços internos quanto externos. Este cálculo deve considerar as áreas das nervuras e os demais acidentes presentes nas superfícies. No entanto, as áreas dos vigamentos que formam as estruturas do forno devem ser medidas à parte.

Esferas e chaminés:

a superfície será medida em metros quadrados, a partir das dimensões básicas do projeto do equipamento. Os serviços executados internamente em esferas e chaminés terão suas medições acrescidas de 10%. Vale lembrar que as esferas serão enquadradas, na planilha de preço, no item “equipamentos”.

Painéis e cubículos:

a superfície será medida em metros quadrados a partir das dimensões básicas de projeto do equipamento. Tais parâmetros também podem ser considerados para dispositivos como bocais, flanges, conexões, grades, suportes com bandeja, chapas divisórias ou direcionais, portas, bocas de visitas e outros acidentes.

Escadas de acesso, guarda corpos e plataformas:

devem ser medidas à parte.

 

Equipamentos de superfícies irregulares (bombas, motores, turbinas, compressores, transformadores, entre outros):

a área será calculada em metros quadrados, de modo a considerar a superfície de um prisma reto envolvendo o equipamento (somente a carcaça, excluindo os flanges bocais, os drenos, os pedestais, as caixas de mancais etc.)

Tubulação:

a área será calculada em metros quadrados, conforme a tabela 13 (pág. 56).

 

Vale ressaltar que, para as tubulações com diâmetros superiores a 30”, a medição terá como base a sua área efetiva. Além disso, na tabela 13 (pág. 56) já estão incluídos no cálculo os flanges, as válvulas e demais acessórios usados em tubulações, inclusive suportes de linha.

Rendimentos teóricos de tintas por galão em função da espessura seca

A tabela 14 (pág. 60) apresenta o rendimento por galão de tinta previsto em função da espessura do filme seco.

Cálculo

No topo da página: Sólidos por volume x 10 x 3,600 = Rendimento m²/ galão

Espessura seca

Na prática deverá ser considerada a perda de material devido ao manuseio, ao tipo de superfície a ser pintada e aos métodos de aplicação escolhidos.

Espessura da película seca versus espessura da película úmida

Neste artigo utilizaremos as abreviaturas EPS e EPU, para designar a espessura de película seca e a espessura de película úmida, respectivamente. A espessura da película seca é indicada em boletins técnicos como a mínima recomendada para proteção. A película de tinta, quando completamente seca, nunca deve ser inferior à espessura especificada. Portanto, a espessura média de película seca deve ser maior que a mínima estabelecida. Em parte, isso explica a diferença entre os rendimentos teórico e prático.

A espessura de película seca pode ser calculada a partir da espessura de película úmida aplicada e vice-versa, a partir destes parâmetros:

EPS = (EPU x % sólidos por volume) / 100

Deve-se levar em consideração o percentual de diluição

EPU = (EPU x 100) / % sólidos por volume

Deve-se levar em consideração o percentual de diluição


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