A crise provocada pelo novo coronavírus não afetou o ritmo de vendas da Corning no Brasil, fabricante de soluções ópticas.  “A Covid-19 atrapalhou muito pouco na demanda dos clientes”, diz o diretor de vendas para a América Latina e Caribe Tadeu Viana. Tanto no mercado de construção de redes FTTH como de conexão de assinantes, os investimentos têm se mantido estáveis até o momento, em especial por parte das grandes operadoras.

A Corning vinha crescendo a taxas anuais de dois dígitos em 2018 e 2019 e entrou no primeiro trimestre de 2020 também com os negócios em alta. Passado o susto inicial da pandemia, logo o mercado voltou a comprar. “As operadoras não alteraram seus planos de expansão de redes”, diz. A freada maior foi sentida no mercado dos provedores regionais, mas estes também começaram a retomar os investimentos.

“Para a Corning no Brasil, o principal desafio foi a desvalorização do real, pois reportamos os resultados em dólar ao headquarter nos EUA”, afirma Viana.

Mas a produção local é um ponto a favor da empresa, que conta com uma fábrica no Rio Janeiro, adquirida em 2013 da Bargoa. “Temos PPB – Processo Produtivo Básico e grande parte da linha é nacionalizada, incluindo a injeção e montagem das caixas. Com isso foi possível manter os preços em reais”, diz. Apesar de mudanças na rotina de quase 1000 funcionários e diversas adaptações na fábrica para evitar aglomerações, a Corning manteve a linha de produção 100% operacional para abastecer o mercado.

Entre os produtos fabricados estão as CTOs pré-conectorizadas e os cabos drop, além dos materiais herdados da divisão de telecomunicações da 3M, comprada em 2018, como as caixas de emendas convencionais, conectores ópticos e uma linha de cobre. Com isso, a Corning, empresa que inventou a fibra óptica e a tecnologia pré-conectorizada, oferece também produtos metálicos para redes externas e mercado enterprise, incluindo uma solução completa de cabeamento estruturado Categorias 5E, 6 e 6A, cuja comercialização já está bastante avançada na Colômbia e México.

“O nosso foco continua sendo a fibra óptica, mas o cliente tem o tempo dele. Por isso decidimos manter o portfólio de cobre para complementar a linha, embora a participação da rede metálica represente hoje somente 10% da produção total. Em 2013, quando da aquisição da Bargoa, a participação era de 90%”, diz.

A Corning oferece soluções ópticas completas, com produtos que vão desde os bastidores de alta densidade para a central da operadora até caixas terminais para edifícios e apartamentos, além de cabos ópticos, cordões e jumpers, acessórios, splitters, CTOs, cabos drop e caixas de emenda.

Para a comercialização da linha de produtos para provedores de Internet e mercado enterprise, a Corning conta com uma rede de canais, composta principalmente pelos distribuidores Anixter, DPR e WDC Networks. “Esses segmentos são mais pulverizados. Daí a importância de ter distribuidores com capilaridade comercial e estoque para atender rapidamente os clientes em qualquer parte do país”, afirma.

As expectativas também giram em torno do 5G, cujo leilão está previsto para 2021. A fibra óptica será fundamental para fazer o backhaul das estações. Uma outra estratégia é o uso das redes convergentes através das soluções pré-conectorizadas. “Dessa forma, os investimentos feitos hoje na infraestrutura óptica das redes FTTH serão também aproveitados para as redes 5G”, finaliza o diretor.



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