Passado quase um mês da determinação de isolamento social como medida de restrição à propagação da Covid-19, a maioria das empresas acabou encontrando o seu caminho para lidar com a crise sanitária mundial que está impactando de forma sem precedentes todos os tipos de negócio.

 

Algumas constataram o quanto dependem do ambiente de relativa calma para seguirem em frente, outras encontraram caminhos para despontar durante esse período de crise, outras se solidarizaram, oferecendo toda a ajuda possível às iniciativas de combate à propagação do vírus, como é mostrado nas seções de Notícias e Impressão 3D da nossa edição de abril.

 

Para a indústria de plásticos é difícil cogitar a possibilidade de parar, especialmente no caso das que têm um papel importante na fabricação de itens essenciais ao abastecimento dos hospitais e dos lares em que se dá o tão necessário isolamento. Impossível assegurar o cumprimento da quarentena e a contenção da propagação do vírus sem embalagens para alimentos e fármacos ou EPIs e componentes para aparelhos da área médica.

 

Neste momento não faltam análises sobre como o mundo do trabalho se organizará a partir da Covid-19, enfermidade que está deflagrando sobretudo transformações econômicas. Em geral, estima-se que as atividades em home office aumentem em 30% após passado o pico da crise, mas e como ficam as indústrias, onde é necessário reunir pessoas para produzir algo? A resposta pode estar na chamada transformação digital que há algum tempo tem estado no centro das atenções.

 

São muitos os gestores que atualmente estão pesquisando o uso de soluções remotas para o controle e monitoramento, fato constatado na pesquisa publicada nesta edição, sobre o segmento de extrusão: 82% das empresas pesquisadas estão interessadas em todos os assuntos que envolvem a chamada transformação digital por trás do conceito de indústria 4.0, e isso deve se acelerar diante dos novos desafios impostos pela crise sanitária que vivemos.

 

Esse percentual nos indica também qual o volume de empresas realmente dispostas a encarar com garra os novos tempos, e a sua disposição para lutar já é boa parte da vitória. Certamente sairão da crise mais capacitadas, tanto para encarar os desafios do futuro próximo quanto para lidar com novos possíveis cenários desse tipo. Mas tomara que eles não se repitam.

 

Hellen Souza (hellen.souza@arandaeditora.com.br)

 

 



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