A Tupy (Joinville, SC), multinacional brasileira dedicada ao desenvolvimento e fabricação de componentes estruturais para bens de capital, anunciou a consolidação de um acordo para a aquisição da MWM do Brasil, subsidiária da norte-americana Navistar International Corporation, por sua vez, subsidiária da Traton SE, uma das líderes mundiais na fabricação de veículos comerciais.

 

Com uma extensa base de clientes, a Tupy fornece componentes a todos os fabricantes de caminhões, máquinas agrícolas, de construção e motores do Ocidente. Com a aquisição, espera estender os serviços prestados pela MWM a todos os seus clientes. Isso inclui a usinagem de componentes voltados para os segmentos de energia, peças de reposição e componentes para embarcações.

 

A MWM, por sua vez, fabrica motores de terceiros sob contratos de manufatura, o que contempla a execução de operações de produção como usinagem, montagem e serviços de engenharia. Fabrica grupos geradores e atua no mercado de reposição de componentes. Recentemente, tem anunciado parcerias voltadas para os segmentos de gás natural, biogás e uso de biometano, atendendo às necessidades do agronegócio brasileiro.

 

“Juntas, MWM e Tupy, se tornam uma companhia singular no mercado, reunindo em um só fornecedor serviços como fundição, usinagem, montagem, validação técnica e atividades de engenharia associadas. Vamos nos unir a uma empresa com grande capital intelectual e tecnológico, formada por líderes experientes, cultura empreendedora e que possui elevada credibilidade técnica em nossa indústria. Com a competência técnica desse time, estenderemos os serviços por eles oferecidos aos nossos clientes atuais”, comentou Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy.

 

Novos segmentos de atuação

 

A transação pavimenta o caminho para a entrada da Tupy no setor de energia & descarbonização, fornecendo grupos geradores de eletricidade para o agronegócio e outras aplicações. Para isso, a empresa dispõe de um time de engenharia preparado para adaptar geradores e veículos comerciais ao uso de biogás, biometano, biodiesel, gás natural e hidrogênio, garantindo segurança e alto rendimento, em um processo desenvolvido, certificado e garantido pela fábrica da MWM.

 

“O uso de biogás e biometano para geração de eletricidade e como combustível para frotas de caminhões, ônibus e tratores agrícolas é a principal rota para a descarbonização da indústria nacional e exportadora de proteínas, laticínios, açúcar e etanol. A produção de biogás no País é inerente ao tamanho do agronegócio brasileiro. Ele também será utilizado, em grande medida, como combustível para a produção de eletricidade em propriedades rurais através de geradores elétricos desenvolvidos e fabricados pela MWM” explicou José Eduardo Luzzi, CEO da MWM.

 

Componentes para o mercado de energia limpa e peças de reposição


A nova visão de negócios na metalurgia possui sinergia com as iniciativas da Tupy Tech, o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, que anunciou ao longo do ano de 2021 as suas linhas mestras de trabalho, incluindo o desenvolvimento de materiais, geometrias e usinagem de componentes apropriados ao uso de hidrogênio como combustível e para carros de passeio híbridos a etanol ou gasolina, além de soluções para reciclagem e reutilização das baterias de íon-lítio.

A aquisição também marca a entrada da Tupy no setor de reposição de peças e componentes de motores no Brasil. Com mais de 600 pontos de venda e cerca de 300 oficinas credenciadas e treinadas, em todo o País, a MWM tem forte atuação na distribuição de peças à frota nacional de motores a Diesel e gás, atendendo igualmente seu canal de distribuição nacional de grupos geradores.

O mercado de reposição e as oficinas credenciadas beneficiam outro negócio da empresa, o marítimo, uma vez que a MWM oferece equipamentos para propulsão marítima e geração de eletricidade para embarcações de lazer e de trabalho, com produtos próprios ou de parceiros internacionalmente reconhecidos.

A transação está estimada em 865 milhões de reais, e a aquisição será submetida à aprovação da autoridade brasileira antitruste.

 

Foto (MWM): Instalações da MWM (Tupy)


 

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