A depender dos valores registrados até aqui, este ano tende a ser extremamente positivo para os fabricantes brasileiros do setor de máquinas e equipamentos. De acordo com pesquisa feita pela ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), o mês de janeiro obteve receita líquida de R$ 12,6 bilhões, 38,5% a mais do que igual período de 2020. Foi o melhor resultado em termos absolutos desde 2015, quando o número registrado foi de R$ 13,2 bilhões.

A associação relaciona este bom momento à manutenção do mercado interno, que aumentou 50,8% na comparação interanual. Neste segmento, o destaque é a aquisição de máquinas agrícolas e de máquinas para infraestrutura, este último incentivado pelo aquecimento dos Programas de Parcerias de Investimento (PPP) dos governos federal, estaduais e municipais. 

O consumo aparente, que soma a produção destinada ao mercado interno às importações, também registrou números positivos. Em janeiro, o índice foi 23,8% superior ao obtido em dezembro, representando a quinta alta mensal consecutiva. O motivo é atribuído principalmente à expansão das vendas para os consumidores locais. Em relação à mão de obra, o setor de máquinas e equipamentos registrou um total de 330 mil empregos no mês, quase 25 mil a mais do que em janeiro de 2020.  

A principal má notícia foi verificada nos índices de exportação, que caíram 1,6%. Na visão da ABIMAQ, este resultado é compatível tanto com a sazonalidade anual quanto com o cenário econômico mundial causado pela pandemia. E pode ser revertido em breve, uma vez que a queda reduzida é um indício de que a situação pode mudar nos próximos meses: caso a pandemia do coronavírus arrefeça e o real se mantenha desvalorizado em relação ao dólar, as vendas de maquinário têm grandes possibilidades de aumentar de maneira expressiva.



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