Um estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) mapeou as populações sem acesso à energia na Amazônia. Segundo o levantamento, não contam com os serviços 212.791 moradores de assentamentos rurais, 78.388 indígenas, 59.106 habitantes de unidades de conservação (UCs) e 2555 quilombolas. As estimativas foram feitas por meio de metodologia georreferenciada especialmente desenvolvida para o trabalho. Ao todo, são 990.103 os excluídos de eletricidade, o que corresponde a 3,5% da população local.
Para o estudo do Iema, quase metade dessas pessoas, 409.593, vivem no Pará. Os municípios mais afetados em toda a região amazônica são Breves (PA), Portel (PA), Coari (AM) e Curralinho (PA). O Pará ainda lidera as populações sem energia divididas nos três dos quatro grupos citados: 2.234 quilombolas, 23.309 habitantes de unidades de conservação e 107.889 de assentados rurais. No entanto, o estado com maior porcentagem de excluídos elétricos é o Acre, com 10% de sua população no escuro.
O Acre fica em segundo lugar em relação aos moradores de unidades de conservação (10.898) e de assentamentos rurais (31.247). Já o Amazonas tem a maior população indígena sem acesso público à energia elétrica: 23.897 pessoas. Para o Iema, os dados ressaltam a desigualdade social brasileira. Indígenas, habitantes de UCs como reservas extrativistas, assentados e quilombolas, mais uma vez, estão marginalizados no acesso ao serviço público essencial.
Os dados do estudo podem ser conferidos no infográfico disponível em http://energiaeambiente.org.br/produto/amazonia-legal-quem-esta-sem-energia-eletrica
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