Bicicleta em termoplástico com fibra de vidroNo semestre passado, a fabricante de bicicletas elétricas Stajvelo (com sede em Mônaco) apresentou uma bicicleta elétrica feita de material compósito, moldado por injeção, como forma de promover o grade Xencor LFT de poliarilamida (PARA) reforçada com fibras longas de vidro, da belga Solvay (com unidade em São Paulo, SP).

 

De acordo com a Solvay, a linha Xencor LFT (sigla proveniente do termo em inglês long fiber thermoplastics, ou termoplásticos de fibra longa, em português) é uma família de polímeros de engenharia que inclui polissulfeto de fenileno (PPS), poliftalamida (PPA), poliarilamida (PARA) e poliamidas (HPPA e PA 66), todos reforçados com longas fibras de vidro. Essa linha é voltada a aplicações estruturais ou semi-estruturais, principalmente que envolvam a substituição de materiais metálicos ou até mesmo de polímeros reforçados, devido à sua elevada estabilidade dimensional em comparação a termoplásticos com fibras curtas.

 

Poliarilamida com até 60% de fibra longa de vidro

 

Segundo Thierry Manni – fundador e CEO da Stajvelo –, o material foi empregado na estrutura da bicicleta chamada RV01 por proporcionar bom desempenho, liberdade de projeto, integração de funções e redução de peso. A e-bike (bicicleta elétrica) pesa aproximadamente 25 kg e possui quadro e aro de rodas feitos em material compósito, motor automático (com velocidade de até 25 km/h), conjunto de baterias (com capacidade de autonomia para 120 km), lanterna traseira, display e conectividade com smartphones.

 

Detalhe da bicicleta elétrica de polímeroDetalhe do quadro da bicicleta elétrica de polímeroDetalhe do selim da bicicleta elétrica de polímero

 

Além das vantagens citadas por Manni, outro fator positivo na fabricação da RV01 é a economia de custo por peça, com tempos de ciclo rápidos, uma vez que os materiais Xencor podem ser processados em equipamentos convencionais de moldagem por injeção sob condições de baixo cisalhamento para minimizar o índice de quebra da fibra. Geralmente, os produtos da linha contêm de 30 a 60% de reforço e estão disponíveis em sacos de 25 kg.

 

Bicicleta elétrica da Stajvelo feita em termoplástico

Devido à sua capacidade de atender a altos requisitos estruturais, mecânicos e estéticos, a linha de PARA com fibras longas pode atender demandas de fabricação de dispositivos médicos, peças exteriores de automóveis, transportes avançados, construção, esportes e lazer, setor industrial e pequenos aparelhos em que seja necessário um bom desempenho mecânico atrelado a um bom acabamento estético. Em seu site, a Solvay disponibiliza ainda o Guia de Substituição Avançada de Metal, que mostra por meio de gráficos e explicações técnicas quais materiais poliméricos utilizar.

 

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(Fotos: Stajvelo e Solvay)



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